A vida é um mistério a ser desvendado, minuto a minuto, segundo a segundo.
novembro 24, 2007
Alguns significados...
Saudade- é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.

Lembrança - é quando, mesmo sem autorização, o teu pensamento reapresenta um capítulo.

Preocupação - é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair do teu pensamento.

Indecisão - é quando sabes muito bem o que queres, mas achas que devias querer outra coisa.

Intuição - é quando o teu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.

Pressentimento - é quando passa por ti um triller de um filme que pode ser que nem exista.

Vergonha - é um pano preto que queres para te cobrires naquela hora.

Ansiedade - é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja.

Interesse - é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.

Sentimento - é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.

Raiva
- é quando o cãozinho que mora em ti mostra os dentes.

Tristeza - é uma mão gigante que aperta o teu coração.

Felicidade - é um agora que não tem pressa nenhuma.

Lucidez - é um acesso de loucura ao contrário.

Razão - é quando o cuidado aproveita que a emoção está a dormir e assume o mandato.

Amizade - é quando não fazes questão de ti mesmo e te emprestas aos outros.
 
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novembro 15, 2007
De Volta...



Sabe-nos bem, por vezes, estar sossegados no nosso cantinho, longe do barulho e da correria lá fora. Há quem lhe chame férias, outros afastamento, talvez no fundo seja só uma pausa. Paramos um pouco para reflectir na vida, ver quem somos, para onde vamos, o que andamos cá a fazer. Não voltei mais sábia, mais rica ou feliz. Na realidade acho que até volto mais pobre, estes últimos meses não foram particularmente meigos. As poucas certezas que tinha vêm reforçadas, as muitas duvidas regressam sem resposta. Mas a verdade é que gosto de escrever e sei que algumas pessoas gostam de me ler, por isso, não virá dai grande mal ao mundo se de vez em quando der largas á caneta aqui. Quando em tempos idos criei este espaço, era apenas o MEU espaço. Um segredo que guardava a minha intimidade, um escape para todo o meu sentir, um museu para algo que eu outrora julgava que me pertencia apenas a mim. No seu inicio não imaginava este refúgio a ser visitado, não me via a partilhá-lo com desconhecidos, não procurava nada nem ninguém. Criei este espaço para desabafar, para poder ouvir o eco do silêncio que ressoava após a libertação das minhas palavras. Aos poucos fui revelando o que guardava cá dentro, convidando pessoas a visitar extractos do meu coração, a sentirem as minhas palavras, a lerem os meus sentimentos. Não o fiz por vaidade, pela popularidade barata que todos nós procuramos, para ouvir elogios ou ser admirada. Fi-lo porque preciso de sentimentos à minha volta, preciso de sentir que toco as pessoas, preciso de as tocar. Nada mais me importa. Em nenhum momento deixei de sentir o que escrevi. Por mais olhos que me olhassem, consegui sempre abstrair-me deles ou, pelo menos, não deixei que estes interferissem na minha forma estranha de sentir. Pelo contrário, deixei que os sentimentos que pairavam à minha volta me inundassem de mais e mais sentimento. Como se tudo fosse uma gigantesca sede de amar . Escrevi sobre sonhos e fiz sonhar quem já não os tinha, haverá algo mais importante do que isso? Mas os tempos mudam, nós mudamos, até a nossa forma de avaliar o mundo ao redor muda. Se houve coisa que aprendi nestes últimos meses (anos?) foi que de facto nada nesta vida é fácil, nada dura para sempre, e que infelizmente há coisas que nunca se esquecessem nem se perdoam, instalam-se num cantinho do nosso coração. Agora o ideal é seguir em frente, dar um passo de cada vez e tentar ser feliz e fazer felizes aqueles que nos rodeiam, vivendo o presente e deixando ficar o passado no lugar que lhe compete. Por isso é provável que não venham a ler mais nada neste espaço... Mas mesmo que sejam só os desabafos de uma mulher comum tentando passar despercebida no meio da multidão, as palavras silenciosas estão de volta. As lágrimas, essas nunca de cá saíram...
 
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